Embora sobre, este é um blog abaixo, inclinado para coisas pequenas, as miudezas da vida. Assentarei aqui o que o juízo, a vontade, a capacidade e a oportunidade me permitirem assentar sobre ourém, porque reclamo-me parte do lugar e da comunidade imaginada com tal nome. Apesar de não ser apenas oureense, sou oureense e, pelo que sinto, ser oureense é uma das condições que mais me preenche e faz como pessoa. Daí que este blog tenha como objectivo servir de paradeiro ao que pretendo continuar a destilar publicamente – o que significa partilhar e confiar a outros, quem quiser –, o (meu) desassossego de ser oureense. Não é pouco. Não é muito. É o que é.
O que for escrito neste blog é dedicado a duas coisas que já não existem, o depósito de água, vizinho do edifício sede do município antigo, em ourém, que, após décadas de desprezo, foi derrubado a vinte e seis de maio de dois mil e seis, e a placa, em díptico, entre os números dezassete e dezanove da rua Teófilo Braga, igualmente em ourém, que, também após desprezo demorado, foi destruída a nove de janeiro de dois mil e oito.
A fotografia que anima o cabeçalho deste blog é da autoria de Nuno Abreu.